Exames oculares

04/04/2011

Teste do olhinho

O teste do reflexo vermelho ou teste do olhinho é um exame simples, rápido e indolor. Ele geralmente é feito com um aparelho chamado oftalmoscópio, através do qual é lançada […]
26/01/2011

Dilatação de Pupilas

Como funcionam os colírios para dilatar as pupilas? Os colírios para dilatar as pupilas contém substâncias que fazem aumentar o diâmetro das mesmas. Existem, basicamente, dois tipos de colírios dilatadores […]

Abaixo, você irá encontrar breves comentários sobre os diversos exames que podem ser realizados, a fim de complementar o exame oftalmológico.


Aberrometria:
Os aberrômetros são equipamentos capazes de avaliar as aberrações ópticas dos olhos humanos. Aberrações ópticas, por sua vez, são imperfeições dos sistemas ópticos que existem nos olhos humanos. Mais especificamente, estas aberrações se encontram no cristalino e na córnea de cada olho. Existem diversos tipos de aberrações, mas podemos simplificar dividindo-as em dois grupos: aberrações de alta ordem e aberrações de baixa ordem. Assim, os aberrômetros avaliam estas aberrações e fornecem diversos parâmetros que podem orientar o oftalmologista nos planejamentos de cirurgias oculares, especialmente nas cirurgias refrativas. Os conceitos de aberrometria também são conhecidos como frente de ondas ou wavefront, em inglês, mas este termo tem seu uso mais restrito, devido a direitos autorais.


Angiografia com fluoresceína:

A angiografia fluoresceínica consiste na realização de fotos contrastadas do fundo do olho. Para tal, injeta-se na veia do paciente um contraste chamado fluoresceína e este contraste percorre a circulação até chegar no olho. Através de uma câmera especial chamada retinógrafo fluorescente (ou angiógrafo) se emite luz em uma coloração azulada e esta luz estimula o contraste, o qual, em resposta, emite uma luz esverdeada que é captada pela câmera. Como somente luz na cor verde é captada, aparecerão nas fotografias apenas os locais onde o contraste está presente (mesmo sendo verde a luz captada, a imagem final produzida é em preto e branco).
É um exame bastante tradicional na oftalmologia e continua sendo muito útil ainda hoje, contando-se com câmeras digitais e de grande resolução.
Através deste exame pode-se estudar a maioria das patologias que acometem a retina, principalmente quando se encontra alguma alteração vascular, como, por exempo, retinopatia diabética, oclusão de veias ou artérias da retina, edema macular e degeneração macular relacionada à idade.


Angiografia com indocianina verde:

Exame semelhante à angiografia fluoresceínica, mas utilizando-se outro contraste: a indocianina verde. Este exame está indicado principalmente no estudo das patologias da coróide (camada que existe embaixo da retina), pois devido às características do contraste e do comprimento de onda podem ser obtidas imagens de camadas mais profundas. Geralmente utiliza-se este exame em casos de degeneração macular relacionada à idade de difícil diagnóstico.


Campo de visão (campimetria visual):

O exame de campimetria visual, também chamado de campo de visão, serve para avaliar a extensão da visão. Neste sentido, também podemos dizer que este exame avalia a amplitude da visão periférica, a qual é medida em graus. Existem diversas formas de avaliar o campo de visão, desde as formas mais rudimentares, como o exame de confrontação e a campimetria manual, até as formas mais sofisticadas, como a campimetria computadorizada. Nos dias atuais, com a evolução tecnológica, a campimetria computadorizada se tornou o exame preferido para avaliar o campo de visão, podendo-se utilizar diferentes estratégias (softwares diferentes), dependendo de cada caso. Além de medir a amplitude do campo de visão, a campimetria computadorizada também pode avaliar a sensibilidade do olho em perceber diferentes estímulos visuais e realizar várias análises matemáticas com estes dados.
De um modo geral, a campimetria computadorizada avalia a sensibilidade do olho em perceber estímulos luminosos, testados em diferentes posições do campo visual e com diferentes intensidades. Assim, este teste costuma estar alterado nos casos de glaucoma, quando já existe perda significativa das fibras nervosas que compõem o nervo óptico. Além do glaucoma, diversas outras doenças também podem afetar o campo de visão, como tumores hipofisários e neuropatias ópticas das mais variadas origens.


Curva diária de pressão ocular:

Como a pressão intra-ocular pode variar bastante ao longo do dia, várias medidas devem ser feitas para melhor avaliar os picos pressóricos e a variabilidade da pressão ocular. Isto pode ser feito em dias separados ou ao longo de um mesmo dia, situação esta que é chamada de curva diária de pressão.


Eco-biometria e biometria óptica:

A eco-biometria e a biometria óptica são exames utilizados para calcular a dioptria (o grau) mais adequada da lente intra-ocular que deverá ser implantada em uma cirurgia de facectomia (cirurgia de catarata ou cirurgia faco-refrativa). A diferença é que a eco-biometria se baseia no princípio das ondas sonoras, como uma ecografia, enquanto a biometria óptica se baseia no uso de energia eletro-magnética (energia luminosa). O IOL Master, por exemplo, é um biômetro que funciona baseado nos princípios da biometria óptica, sendo considerado um exame muito preciso para o planejamento cirúrgico.


Ecografia ocular:

A ecografia funciona de maneira semelhante ao radar de um submarino (sonar), através de um aparelho que emite sons de alta freqüência (não são percebidos pelo ouvido humano). Estas ondas sonoras atravessam os tecidos, são refletidas parcialmente e captadas pelo mesmo aparelho. Levando em consideração as características da onda que retorna, principalmente do tempo que ela leva para voltar ao aparelho, são produzidas imagens do interior do olho.
Este exame está indicado principalmente nos casos onde não existe transparência suficiente para que se avalie o fundo do olho, como em cataratas muito avançadas ou hemorragias intra-oculares. Podemos, assim, diagnosticar a situação da retina, do nervo óptico e do corpo vítreo (gel que existe dentro do olho), além de outras análises.


Eletrorretinografia:

Este exame consiste no registro do impulso elétrico gerado pelas diferentes camadas da retina quando as mesmas recebem algum estímulo luminoso. Tal captação é feita através de eletrodos colocados no paciente, gerando-se uma onda que é analisada.
Pode ser utilizado em uma grande quantidade de patologias que acometem a retina, principalmente as distrofias retinianas (doenças genéticas) e situações em que se quer saber o estado de funcionamento da retina, como em quadros isquêmicos.


Foto-documentação:

O termo foto-documentação é utilizado, genericamente, para designar toda forma de documentar alguma característica do exame oftalmológico através de imagens (fotografias). Assim, podemos fotografar a retina (retinografia), a papila do nervo óptico (papilografia), a córnea, a conjuntiva, o cristalino ou qualquer outra estrutura ocular.


Gonioscopia:

A gonioscopia é um exame no qual se avalia o estado do ângulo da câmara anterior (ângulo formado pela junção da córnea e da íris). Tal região tem importância pois é neste local que se encontra o trabeculado, o qual consiste em uma malha que faz a drenagem do humor aquoso (líquido que existe na porção anterior do olho).
Este exame é realizado em pacientes com glaucoma ou quando se suspeita de glaucoma, para que se possa detectar alguma alteração que leve à diminuição da drenagem do humor aquoso causando aumento da pressão interna do olho. Podemos, assim, classificar o glaucoma como sendo de ângulo aberto ou fechado, o que muda a conduta no seu tratamento.


IOL Master:

O IOL Master é um exame utilizado para calcular a dioptria (o grau) mais adequada da lente intra-ocular que deverá ser implantada em uma cirurgia de facectomia (cirurgia de catarata ou cirurgia faco-refrativa). Assim, o IOL Master é considerado um biômetro, nome este que é empregado para designar equipamentos destinados ao cálculo de lentes intra-oculares. O IOL Master é um biômetro que funciona baseado nos princípios da energia eletro-magnética (biometria óptica), sendo considerado um exame muito preciso e reprodutível. Isto significa que o equipamento oferece uma grande precisão no cálculo das dioptrias, sofrendo quase nenhuma interferência do examinador, o que representa uma característica muito vantajosa para o planejamento cirúrgico.


OCT:

Ver em tomografia de Coerência Óptica.


ORBSCAN

O ORBSCAN é um equipamento que reúne em um único aparelho 4 exames corneanos: mapa de elevação anterior, mapa de elevação posterior, mapa topográfico (topografia) e mapa paquimétrico (paquimetria). Assim, o ORBSCAN é um equipamento de grande utilidade para avaliar diversas características da córnea, tanto para o planejamento de casos cirúrgicos, como também para o diagnóstico e acompanhamento de casos clínicos. A topografia, por exemplo, serve para guiar o planejamento de cirurgias refrativas, especialmente nos casos de astigmatismo. Já a paquimetria, quando aliada à topografia e aos demais 2 mapas, é de grande utilidade para o diagnóstico de ceratocone e de ectasias corneanas. Além dos mapas, o ORBSCAN também nos permite calcular parâmetros que podem orientar o cirurgião nas suas decisões pré-operatórias, como o índice de ROUSCH e o Best Fit Sphere (BFS) anterior e posterior.


PAM:

O PAM é um exame que se destina a medir a acuidade visual potencial de um determinado olho, de um indivíduo. Em outras palavras, este exame tenta prever qual seria a visão que um determinado olho poderia atingir se os seus problemas (catarata, opacidades corneanas, etc) fossem corigidos.


Papilografia:

Este exame é praticamente igual à retinografia. A diferença é que a foto é focada apenas na papila (nervo óptico) e geralmente feita em maior aumento. É utilizada principalmente para acompanhar a evolução do glaucoma onde ocorre aumento progressivo da escavação do nervo óptico.


Paquimetria corneana:

Este exame serve para medir a espessura da córnea. As medidas da espessura corneana são importantes no planejamento de diversas cirurgias oculares, como as cirurgias refrativas, por exemplo. Além disso, a espessura corneana também é importante para a avaliação de algumas doenças oculares como o ceratocone e o glaucoma. No caso do glaucoma, a medida da espessura corneana é relevante, pois a maioria dos métodos de medida da pressão intra-ocular (tonômetros de Perkins e de Goldman) sofrem interferência da espessura corneana. Assim, córneas mais espessas poderão gerar resultados de pressão ocular falsamente aumentados, enquanto córneas muito finas levarão a resultados falsamente baixos.
Existem diversas tecnologias para avaliar a espessura corneana. Os equipamentos mais simples realizam medidas individuais da espessura corneana no ponto testado, enquanto os equipamentos mais sofisticados conseguem realizar várias medidas da espessura em diversos pontos da córnea. Assim, estes equipamentos mais sofisticados são capazes de gerar um mapa paquimétrico, tornando a análise da espessura corneana mais completa. O Orbscan e o Pentacam são exemplos de equipamentos capazes de gerar um mapa paquimétrico.


Retinografia:

A retinografia é uma foto do fundo do olho, da retina. Através de uma câmera praticamente igual à da angiografia realiza-se uma foto colorida da retina, no caso da retinografia colorida ou em preto e branco, no caso da retiografia red free.
Pode ser utilizada para a documentação de qualquer patologia que atinge o fundo do olho e, geralmente, é realizada em conjunto com a angiografia.


Sobrecarga hídrica:

Este exame avalia a variação da pressão intra-ocular em resposta à ingestão de certa quantia de líquido, em um determinado intervalo de tempo. O líquido utilizado para o teste, por sua vez, pode ser um suco de fruta, um refrigerante ou água. Em linhas gerais, o teste de sobrecarga hídrica é considerado alterado quando ocorre um aumento da pressão intra-ocular acima de um determinado percentual, em resposta à ingestão do líquido. Este teste tem a capacidade de gerar informação praticamente equiparável ao teste da curva diária de pressão ocular, o qual, por sua vez, avalia a variação da pressão ocular nos diferentes horários do dia e da noite.


Tomografia de Coerência Óptica (OCT) de segmento posterior:

O OCT é certamente um dos exames mais avançados da oftalmologia e de toda a medicina. O princípio de funcionamento é semelhante ao da ecografia, mas utilizando luz no lugar do som. Como a luz tem uma freqüência de onda muito maior que o som, podem ser obtidas imagens com uma resolução superior. Enquanto o OCT tradicional, chamado time domain já produzia imagens impressionantes, com resolução de 10 µm, a nova geração de OCTs, chamados spectral domain, conseguem produzir imagens com detalhes de 3,5 µm, além de serem mais rápidos e permitirem a geração de imagens em 3 dimensões. A desvantagem em relação à ecografia é que este exame requer meios transparentes para o seu funcionamento.
Utiliza-se este exame quando se quer imagens detalhadas da retina, como em casos de edema macular, degeneração macular relacionada à idade, retinopatia diabética, buraco macular, membrana epirretiniana, entre tantos outros, podendo-se observar alterações estruturais microscópicas do fundo do olho.


Tonometria de aplanação (medida da pressão intra-ocular):

A tonometria de aplanação é um exame que serve para medir a pressão intra-ocular. Este exame se baseia no princípio da aplanação da córnea através de um instrumento chamado tonômetro. Existem diversos tonômetros disponíveis para a medida da pressão intra-ocular, mas os mais usuais são os tonômetros de Perkins e de Goldman.
A medida da pressão intra-ocular através do método de aplanação sofre interferência da espessura corneana. Assim, córneas mais espessas poderão gerar resultados de pressão ocular falsamente aumentados, enquanto córneas muito finas levarão a resultados falsamente baixos. Por este motivo, é importante conhecer a espessura corneana para melhor interpretar os resultados pressóricos encontrados na tonometria de aplanação.
Como a pressão ocular pode variar bastante ao longo do dia, várias medidas devem ser feitas para melhor avaliar os picos pressóricos. Isto pode ser feito em dias separados ou ao longo de um mesmo dia, situação esta que é chamada de curva diária de pressão.


Topografia corneana:

A topografia corneana é um exame que serve para avaliar a curvatura da córnea em diversos pontos. Assim, a topografia é, na verdade, um mapa capaz de revelar o pontos de maior ou menor curvatura da córnea. Este exame é de grande importância para o diagnóstico de doenças da córnea, como o ceratocone e a degeneração marginal pelúcida, por exemplo. A topografia também serve para o planejamento de cirurgias refrativas, cirurgias de catarata e para a adaptação de lentes de contato.